As queimadas e o período de seca extrema no Brasil e no Vietnã, dois dos maiores produtores de café do mundo, devem impactar diretamente a safra de 2024/2025. Embora os danos causados pela seca só possam ser mensurados a partir do próximo ano, os preços já refletem os efeitos das mudanças climáticas. O café moído acumula uma alta de 22,66% nos últimos 12 meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), enquanto, no ano, o aumento já atinge 24,93%. 35r6p
A ansiedade do mercado em relação aos impactos climáticos, somada à volatilidade das bolsas, tem gerado uma escalada nos preços da commodity. De acordo com a Organização Internacional do Café (ICO), os valores subiram quase 20% no terceiro trimestre de 2024, atingindo os maiores patamares em uma década. Especialistas afirmam que, mesmo com a safra ainda não totalmente comprometida, a simples expectativa de baixa produção influencia diretamente na precificação.
As exportações de café brasileiro, por outro lado, seguem batendo recordes. Nos primeiros três trimestres de 2024, o Brasil exportou 36,4 milhões de sacas, o maior volume já registrado. A demanda internacional, liderada por Estados Unidos, Alemanha e Bélgica, mantém os preços elevados, pressionando o mercado interno. Além disso, o aumento da procura por parte do Vietnã, que enfrenta dificuldades climáticas e logísticas, intensificou ainda mais essa dinâmica.
Diante desse cenário, especialistas alertam para os desafios que o mercado de café enfrentará nos próximos anos. Com os impactos climáticos cada vez mais imprevisíveis, a tendência é que a volatilidade nos preços continue, afetando tanto produtores quanto consumidores, enquanto a disputa por espaço no mercado internacional se torna ainda mais acirrada.
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