A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) alerta que o excesso de peso pode estar associado a disfunções endócrinas. Ao afetar o metabolismo, o apetite e o acúmulo de gordura corporal, desequilíbrios hormonais podem interferir no emagrecimento. i3v5w
O hipogonadismo nos homens e a perimenopausa nas mulheres são exemplos de condições endócrinas que ocasionam desequilíbrios hormonais e podem apresentar ganho de peso corporal.
O Dr. Breno Absalon, médico com atuação em Endocrinologia e Metabologia esclarece que o hipogonadismo é a deficiência de testosterona, que causa aumento da gordura corporal, gordura visceral e redução da força e massa muscular, enquanto a redução do estradiol ocorre em mulheres na perimenopausa, ou na menopausa, e causa o aumento de apetite e gordura visceral.
“Um homem com hipogonadismo apresenta fadiga, queda de libido, perda da energia e motivação que indiretamente já afeta o controle do peso corporal. Em mulheres na perimenopausa, o desequilíbrio pela redução do estradiol atrapalha muito o controle do peso corporal, e justifica a dificuldade de emagrecer mesmo mantendo a mesma alimentação de costume”, explica Dr. Breno Absalon.
Segundo o médico, o desequilíbrio hormonal pode dificultar a perda de peso mesmo com dieta e exercícios porque os hormônios controlam funções fundamentais relacionadas ao metabolismo, apetite, armazenamento de gordura e uso de energia. “Quando esses hormônios estão fora de equilíbrio, o corpo pode reagir de formas que impedem a queima de gordura ou favorecem o ganho de peso”.
Saúde hormonal da mulher
Conforme dados divulgados pela principal rede de serviços de saúde de Nova York Northwell Health, 80% das mulheres sofrem de desequilíbrio hormonal, no entanto, algumas convivem com esses desequilíbrios sem saber. Cerca de 70% das mulheres desconhecem condições como a Síndrome do Ovário Policístico (SOP), que pode se manifestar devido a irregularidades hormonais.
Dr. Breno Absalon afirma que os hormônios estrogênio e progesterona afetam o peso corporal das mulheres de maneiras significativas, especialmente durante o ciclo menstrual e a menopausa, porque influenciam o metabolismo, a distribuição de gordura, a retenção de líquidos e o apetite.
“No início do ciclo menstrual, o estrogênio aumenta gradualmente e ajuda a melhorar a sensibilidade à insulina, o que favorece o uso de carboidratos como energia e pode reduzir o apetite temporariamente. Na fase lútea - após a ovulação e antes da menstruação - a progesterona sobe e o estrogênio cai. Essa mudança pode aumentar o apetite e os desejos por alimentos mais calóricos (especialmente doces e carboidratos)”, pontua o médico.
O Dr. Breno Absalon observa que as mudanças hormonais justificam os relatos frequentes de mulheres com dificuldade para emagrecer em certas fases do ciclo menstrual e durante a menopausa. O Dr. Breno Absalon destaca que tanto mulheres em idade reprodutiva ou na menopausa o equilíbrio hormonal é fundamental para a mulher conseguir perder peso de forma saudável e definitiva.
“Na menopausa, a redução do estradiol torna mais difícil queimar calorias em repouso, a gordura tende a se redistribuir da região dos quadris para o abdômen (gordura visceral), e além disso, a queda no estrogênio também pode favorecer o acúmulo de gordura. A redução de progesterona, por sua vez, pode contribuir para o aumento do estresse e insônia, elevando o cortisol, o que agrava o ganho de peso”, relata o Dr. Breno Absalon.
Conforme orienta o especialista em Endocrinologia e Metabologia, o ganho de peso inexplicável, fadiga constante, desejo frequente ou descontrolado por doces, queda de cabelo, pele seca e alterações no ciclo menstrual, como ciclo ausente, muito intenso ou com sintomas exacerbados indicam desequilíbrio de estrogênio e progesterona, FSH/LH ou na glândula tireoide e precisam de avaliação metabólica e hormonal minuciosa.
“Um quadro de hipotireoidismo pode desacelerar o metabolismo e dificultar a perda de peso, uma resistência à insulina pode levar ao acúmulo e dificultar a queima de gordura, desequilíbrios nos hormônios sexuais influenciam o metabolismo, massa magra, acúmulo de gordura e apetite”, destaca o Dr. Breno Absalon.
Para investigar se há desequilíbrios hormonais impactando a perda de peso, alguns exames hormonais são fundamentais, de acordo com o médico. “É fundamental solicitar um exame de hormônios da tireoide, insulina, glicose de jejum, hemoglobina glicada, HOMA-IR, testosterona total e livre, estradiol, progesterona, DHEA-S, FSH e LH para compreender o quadro hormonal do paciente”.
Diante da singularidade de cada caso, o Dr. Breno Absalon ressalta a relevância dos tratamentos personalizados para emagrecimento. “É fundamental um tratamento personalizado para ter um emagrecimento saudável e sustentável a longo prazo principalmente por conta da complexidade envolvida na perda de peso e na manutenção de um estilo de vida saudável. Além do mais, muitas pessoas se frustram durante o processo de emagrecimento, porque não têm um acompanhamento médico personalizado”.
Para o médico, cada paciente tem suas individualidades e gatilhos que geram o excesso de peso, e por isso é fundamental a medicina de precisão. “É preciso olhar a saúde do paciente de forma integral e individualizada, com o auxílio de testes genéticos para o tratamento, e impactar de forma positiva na qualidade de vida dele com resultados assertivos”, conclui.
Para mais informações, basta ar: https://drbrenoabsalon.com.br/
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